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Encontros, companhias, poesias. Desencontros, despedidas, poesias falidas.
Amargura, segura senão você cai. Dias de cores, dias de amores. Deveras. Dias amargos, dias azedos, dias de planos.
É lírico, é rico, é regozijo. É o porto, é o cais. É a fonte em busca de novos
horizontes.
É água, é terra. Terra viva! Terra viva! É tempo contra o vento. É o homem X natureza. É o bar contra a igreja. É casa, é campo, ruínas, esquinas. Pássaros, avião. Trem na estação, têm também primavera e verão. Concreto, abstrato, alma e matéria. Ah! E tem também a miséria. Têm crenças, bem como desavenças. A violência podre que incendeia. Tem estado, têm leis, tem júri popular. Hipocrisia é o que há!
e não lembram de qualquer nostalgia que dizia: O mundo há de Mudar!
É a vida,
é a vida.
Linda vida,
vida linda,
vida minha!
vida passou,
vida passando,
vida passará!
às vezes corriqueira, mas é vida!
Perdendo a estribeira.
É a vida, uma caixinha de surpresa.

Vida bela
às vezes amarela, como aquele sorriso.
Mas é vida.
Vida relâmpago.
Este retrato na parede
que insiste em me fitar.
Com o olhar cauteloso
passa o dia a me cuidar.

Parece tão estranho
quando não se tem algo a zelar.
Como dizem por aí, "todo cuidado é pouco".