Não quero guardar minha vida no bolso.

Nem ponto Nem virgula

Carros ruas poluição efeitos sonoros poluição sonora
cores demais placas demais poluição visual
Regras demais poluição mental
Crianças demais implorando por esmola miséria demais
Carros queimando carbono poluição demais ganância demais
o mar que está subindo as calotas esvaindo
creio que seja irreversível
pois todo esse monumento virou coisa do momento
assim como a moda que agora é fator de inclusão social
um tanto quanto banal
será tudo normal?

...

Só se mantêm os corpos com grande resistência.
Só se mantêm quem não conhece a obediência. A vida lá é boemia.
Dos ventos uivantes da noite se deparam sempre com a nostalgia.
Submundo. Só se encontra a malandragem, a sacanagem.
É lá, na praça da sé, sapatos não encontram os pés.
Porque é bem no calar da noite que tudo acontece.
É no calar da noite que tudo pode acontecer, corpos podem se entristecer.
Almas transbordando vícios, magoas e doenças.
Transitando de um lado para o outro, encontram almas com tamanha inocência.
Tá na cara, tá na carne de cada cidadão. Que sob o sol, sob a chuva, sobre o chão
sujo, se deitam e num sono profundo se abrigam, se aconchegam por horas, por dias.
Por vidas. Sem hesitar. Lágrimas, lastimas. Que de nada valem.
A vida sorri para mim.

Fluxo de consciência.

Várias ideias vão caminhando por estas ruas úmidas e obscuras da grande e velha cidade. Varias delas levando inúmeras contradições, infinitas religiões. Desejos. Sonhos dos mais loucos, que, porém, não deixam de ser sonhos. Várias restrições que estabelecem discussões, que por vez não chegam a lugar algum. É a cara do Brasil. Meu país verde, amarelo e azul anil!
São tantas etnias, tantas covardias. Que nos deixam enfraquecidos, que nos deixam estarrecidos diante de toda essa hipocrisia. Me sinto vulnerável a toda essa malandragem. Chega dessa retórica, não queremos falatórios infinitos, não queremos só a ideia, mas sim a atitude.
Felicidade clandestina, seja noite ou dia.

Adiante

É tudo tão pequeno, e ao mesmo tempo tudo tão grande.
É tudo tão delicado, de repente é só brutalidade.
É tudo tão normal, e em minutos, tudo fica estranho.
É tudo tão surpreendente, logo, decadente!
É uma sede voraz, que toma conta todos os dias...
Temos sede de viver, fome de amar, são vontades existentes...
que não habitam só o consciente. Está aqui, está além...

É só o começo

Todo fim é trágico, todo fim é triste.
parece que ali, nenhuma alma existe.
Nem sempre toda ideia corresponde a uma atitude.
se parece mais com a estrada da juventude.
é vontade de sumir, viajar, e talvez, nunca mais voltar.
tudo tem seu fim.
O Carnaval tem seu fim...
O dia tem seu fim...
As viagens...
A noite...
A festa...
O fim de semana, no qual o próprio nome já diz.
A vida...
Mas o que é o fim?
sinta o fim...

...

Eu pinto, eu rabisco.
As cores mais reluzentes,
as notas mais contentes,
para um coração tão inocente.
Demasiadamente solto um grito de alegria,
e esta ardente, louca, eloquente poesia
que insiste em fulgurar.

Um pouco de delírio cotidiano.

A minha vontade é incontrolável. Entretanto, não tenho pressa.
Divagações estão culminando em minha mente, que muito pensa e até sonha.
É como se não bastasse, será um delírio?
Assim como os ponteiros do relógio que só se preocupam em andar...
é como se nada mais restasse aqui...
sinto-me flutuando, leve como uma pluma...
agora só me resta o ar, acho que não preciso de mais nada, a não ser respirar...

...

Mas que ínfima sensibilidade,
já não vejo a possibilidade de poder lhe tocar.
Vou assim me encantando, sigo cogitando, em ritmo maior.
Toco só em sustenido e através de seu zumbido eu posso
encontrar...e quem sabe até lhe açoitar.
Lhe contar alguma novidade, e você tão ingênuo e previsível
há de se impressionar.

Mostra a tua cara.

Foi. O que será.
O que nada é.
Pode ser que é.
Pode ser que seja.
entregarão tudo na bandeja.
Não se desespere,
e espere que amanheça.
Quando o sino soar
você pode ao menos tentar,
e ir correndo avisar.
Para toda aquela gente que crê.
Para toda aquela gente que pensa que vê.
vê nada não. Futuro está em nossas mãos.

Pode ser tarde.
pois o que foi, pode voltar.

Abstrato

Até então eu queria.
Até então eu gostaria.
E afinal? quem eu seria.
Não é tão explícito, mas está aqui.
Eu já posso sentir.

Amor do sol e da lua.

O sol trabalha, e nem por isso a lua não o tem.
A lua brilha bem, nem por isso o sol não a tem.
O único momento que se tem, é o momento do nascer,
e o pôr do sol? ele sim vêm.


R. Luis Martins.

...

Como abster-se da ideia,
se ela me constitui.
Como desprezar a palavra,
se tamanha importância julga ter.
Como jogar tudo para o alto,
se o mais alto pode ser você.
Como desaparecer do nada,
e do nada tudo acontecer.

Por que aceitar a opressão.
Por que toleras a prisão?
A palavra certa seria educação.
Não sei se penso com o coração,
ou se abuso da razão.

Como não percebe o anoitecer?
como não vê a estrela dentro de você.
Como pula o muro sem saber se do outro lado
realmente vai dar pé?

Quem é agora Dilma, Marina ou José?
que porra é essa? foi só pra rimar com pé.

Sonhar não paga...

Havia uma cidade, cujo nome era flores. casinhas pequenas, bem aconchegantes.
Árvores relativamente grandes, ofereciam um conforto imenso, uma sombra agradável
para descansar. Flores, era composta por uma única rua. Na adjacente mais à direita, havia um relógio, o relógio das flores, no qual marcava a primavera.
Ah, adoro a primavera. Ela vem, e traz com ela todas as cores e flores.
Quando se vai, deixa para trás o cheiro, e leva somente as dores.
Pessoas? de perto todas eram estranhas, emitiam sons, ensaiavam gestos, expressões perplexas. Pois é, o tempo está passando, os ponteiros continuam andando e não pensam em parar. E já avisam que o verão vai chegar, e que o sol está a fim de raiar. puxa, ainda nos restam as flores!!!
Ei, olhe para o céu! o que vê? o que vê?

.

Hoje, pela manhã, quando acordei.
Fui até a janela mais próxima. Sonolenta, atarantada das ideias.
logo abri a cortina, na esperança de ver o sol.
Sol? que nada, o céu nublado estava sorrindo para mim.
É, Curitba!!!

.

Toda prosa é poesia e toda poesia não dispensa uma prosa.
Cadê o ritmo, a sonoridade?
já não sinto liberdade.
Milhões de versos, poesias e histórias. E ainda assim falta, alguma coisa falta.
Quero poder sonhar, só sonhar, só sonhar...

?

Encontros, companhias, poesias. Desencontros, despedidas, poesias falidas.
Amargura, segura senão você cai. Dias de cores, dias de amores. Deveras. Dias amargos, dias azedos, dias de planos.
É lírico, é rico, é regozijo. É o porto, é o cais. É a fonte em busca de novos
horizontes.
É água, é terra. Terra viva! Terra viva! É tempo contra o vento. É o homem X natureza. É o bar contra a igreja. É casa, é campo, ruínas, esquinas. Pássaros, avião. Trem na estação, têm também primavera e verão. Concreto, abstrato, alma e matéria. Ah! E tem também a miséria. Têm crenças, bem como desavenças. A violência podre que incendeia. Tem estado, têm leis, tem júri popular. Hipocrisia é o que há!
e não lembram de qualquer nostalgia que dizia: O mundo há de Mudar!
É a vida,
é a vida.
Linda vida,
vida linda,
vida minha!
vida passou,
vida passando,
vida passará!
às vezes corriqueira, mas é vida!
Perdendo a estribeira.
É a vida, uma caixinha de surpresa.

Vida bela
às vezes amarela, como aquele sorriso.
Mas é vida.
Vida relâmpago.
Este retrato na parede
que insiste em me fitar.
Com o olhar cauteloso
passa o dia a me cuidar.

Parece tão estranho
quando não se tem algo a zelar.
Como dizem por aí, "todo cuidado é pouco".

Naturalmente

Ao vivo e a cores,
a simplicidade é mais prazerosa.
Mais prazerosa ainda, é essa sintonia.
Essa sintonia que faz com que a chuva caia,
com que o sol nasça, sem a força do homem.
Esse é o tom do meu barco,
que navega, navega.
Não se sabe aonde vai parar,
mas prossegue, sem medo de chegar.

E vem vento, chuva, tempestade.
Mas são só fragmentos...

Um ventinho e nada mais.

O vento bate aqui bem forte.
No peito, peita o calar do fim de tarde,
nessa chuva tão precisa quanto a minha
tranquilidade.
Livros, músicas invadem um pensamento
tão livre quanto o vento.

E essas gotas de orvalho?
e as tardes de outono?
em que a chuva lava chão,
o frio arde o rosto
e saudade o coração.

Faz parte.

E quando você pensa. Ah não, já vi que dá para piorar..
é! realmente dá para piorar.
Mas tudo bem, da-se um jeito.
É. Ainda tenho que ir para aula
assistir aulas que me interessam, e
outras que não fazem parte de mim.
Encontro uma truta no centro...
-e aí, vamos beber uma bera?
-Ok. Vamos.
-Só para fechar a semana e começar o final.

Paixão?

E a paixão vem assim,
à tona, meio maluca,
como quem não quer nada.
Simultaneamente só quer tudo.

Vem desgraçadamente incontrolável,
vem desesperadamente bruta.
Vem querendo arrancar palavras
que não existem no dicionário.
Vem querendo ser sortuda,
sai dando cambalhotas.
Ah!!! me deixa biruta!

é, a paixão!
Será ela boa ou ruim?
acho mesmo que ela é louca.
melhor te-la calada.
assim, como quem não quer nada.

.........

To perambulando pela rua.
To de encontro com a alegria
levando a poesia, pra onde bem entender.
Tá um frio danado.
Não tem gente que aguente.
Qual é o destino minha cara?
Não sei, mas vamos siga em frente.

Garota problema.

Com essa blusa rosa choque, uma garota problema.
só pensa em se divertir então não fale o meu dilema.
Se o teu mundo não é esse, então me diga o que será,
se o teu mundo não é esse então me diga o que fará.

Menos preconceito mais respeito, tem que ter no coração
o mundo de hoje não é bem isso, tá parecendo uma obsessão.

Então guarda pra você esse mundo imperfeito
que não tá nem satisfeito com a roupa do cidadão.
Ela vai com seu fusquinha, rosa choque é a canção
passa, e pega na bundinha do patrão.

(...) um poeta sem amor.

Toda essa miséria
só pode vir de um miserável
com um miolo moldado por moléculas.
Foi moído.

Todo esse monumento vem daí de dentro,
To um pouco me lixando com esse movimento.

Olheiras miúdas, missão cumprida
chegando na reta final, irei numerar você.
Você é um pagão que admite palavrão,
mas vai virar panqueca, vai ser uma meleca,
mas não paraíso na rua paralela.
Chega de politizar entregarei panfletos
com parábolas para todos vocês.

Inexaurível

Sinto que estou perdendo algo, alguma coisa,
que de vista já perdi.

Que me tire do lado,
Que me arranque do peito,
Que me tome um dia,
Que me tome uma hora,
mas não, de minha memória.

Que falha, porém não tarda.
É com a clareza das flores que eu me encanto,
é com a pureza das flores que eu me regenero,
é com o perfume que elas exalam que me embriago.
Embriagada estou, embriagada de amor.

Sou feita de flores.

Sou feita de flores,
sou feita de amores, mas não de você.
Sou de poesia,
sou de alegria, mas não de você.

Um girassol no meu jardim olhou pra mim,
és a mais bela dentre as flores.
Não deixe que a primavera se vá,
aqui eu fico, este é meu lugar.
não vou menosprezar quem me quer bem,
porque faço canções de amor, eu só sei amar.

De repente amor, de repente a dor.
De repente amor, de repente a flor.

Somos feitos em cores de aquarelas incolores,
mas não de nós dois.
Somos melancolia em perfeita simetria,
mas não de nós dois.

Flores.

Eis que vim aqui para lhe mostrar
de uma maneira mais eficaz
lhe falar, como é fácil ser feliz.
colher flores no meu jardim, de amor.

venha cá, vamos prosear
ver a cor do céu, ver o sol brilhar.
passarinhos cantando, ver o mundo rodando,
e viajar, muito além daqui, muito além daqui...