...

Só se mantêm os corpos com grande resistência.
Só se mantêm quem não conhece a obediência. A vida lá é boemia.
Dos ventos uivantes da noite se deparam sempre com a nostalgia.
Submundo. Só se encontra a malandragem, a sacanagem.
É lá, na praça da sé, sapatos não encontram os pés.
Porque é bem no calar da noite que tudo acontece.
É no calar da noite que tudo pode acontecer, corpos podem se entristecer.
Almas transbordando vícios, magoas e doenças.
Transitando de um lado para o outro, encontram almas com tamanha inocência.
Tá na cara, tá na carne de cada cidadão. Que sob o sol, sob a chuva, sobre o chão
sujo, se deitam e num sono profundo se abrigam, se aconchegam por horas, por dias.
Por vidas. Sem hesitar. Lágrimas, lastimas. Que de nada valem.

Nenhum comentário:

Postar um comentário