...

Eu pinto, eu rabisco.
As cores mais reluzentes,
as notas mais contentes,
para um coração tão inocente.
Demasiadamente solto um grito de alegria,
e esta ardente, louca, eloquente poesia
que insiste em fulgurar.

Um pouco de delírio cotidiano.

A minha vontade é incontrolável. Entretanto, não tenho pressa.
Divagações estão culminando em minha mente, que muito pensa e até sonha.
É como se não bastasse, será um delírio?
Assim como os ponteiros do relógio que só se preocupam em andar...
é como se nada mais restasse aqui...
sinto-me flutuando, leve como uma pluma...
agora só me resta o ar, acho que não preciso de mais nada, a não ser respirar...

...

Mas que ínfima sensibilidade,
já não vejo a possibilidade de poder lhe tocar.
Vou assim me encantando, sigo cogitando, em ritmo maior.
Toco só em sustenido e através de seu zumbido eu posso
encontrar...e quem sabe até lhe açoitar.
Lhe contar alguma novidade, e você tão ingênuo e previsível
há de se impressionar.

Mostra a tua cara.

Foi. O que será.
O que nada é.
Pode ser que é.
Pode ser que seja.
entregarão tudo na bandeja.
Não se desespere,
e espere que amanheça.
Quando o sino soar
você pode ao menos tentar,
e ir correndo avisar.
Para toda aquela gente que crê.
Para toda aquela gente que pensa que vê.
vê nada não. Futuro está em nossas mãos.

Pode ser tarde.
pois o que foi, pode voltar.

Abstrato

Até então eu queria.
Até então eu gostaria.
E afinal? quem eu seria.
Não é tão explícito, mas está aqui.
Eu já posso sentir.

Amor do sol e da lua.

O sol trabalha, e nem por isso a lua não o tem.
A lua brilha bem, nem por isso o sol não a tem.
O único momento que se tem, é o momento do nascer,
e o pôr do sol? ele sim vêm.


R. Luis Martins.

...

Como abster-se da ideia,
se ela me constitui.
Como desprezar a palavra,
se tamanha importância julga ter.
Como jogar tudo para o alto,
se o mais alto pode ser você.
Como desaparecer do nada,
e do nada tudo acontecer.

Por que aceitar a opressão.
Por que toleras a prisão?
A palavra certa seria educação.
Não sei se penso com o coração,
ou se abuso da razão.

Como não percebe o anoitecer?
como não vê a estrela dentro de você.
Como pula o muro sem saber se do outro lado
realmente vai dar pé?

Quem é agora Dilma, Marina ou José?
que porra é essa? foi só pra rimar com pé.