As paredes também falam...

Coloridas, elas também falam. Uma imensa reflexão. Têm tristeza, têm alegria. Exala ironia. Sarcasmo, pouco descaso. A imensidão de poder sentir as cores batendo no nariz. Preto no branco, branco no preto. Já diz o velho aprendiz. Ás vezes se pinta no seco. Displicentimente sentimos tudo ruir. Caretas, fatos históricos, retrocedendo num tempo não muito distante. As tintas gritam em cima da estante. Clamando, apontando, dizendo que estão a fim de borrar. Borrar aquele muro inocente, branco. Fazendo a paisagem urbana fluir, intervindo nos nossos pensamentos, nos nossos momentos. Fazendo de nosso cotidiano mais introspectivo.


Elas também falam...

Desfecho

Liberdade.
Por um segundo eu fiz um mundo, me reinventei.
Uma canção de ninar,
uma canção para amar,
uma canção para relaxar.
Uma canção para cantar,
uma canção para amigos.

Uma palavra de dor,
Uma palavra de amor,
Uma palavra para amigos.
Uma palavra ao vento,
uma palavra no vilarejo,
porque é lá que eu vejo o presente fluir...

É ela, tão bela.

E a poesia que em mim já não nascia,
agora fulgura num susurro de alegria.